Análise do jogo Brothers: A Tale of Two Sons

Desenvolvido pelo estúdio sueco Starbreeze Studios, com participação do cineasta Josef Fares, Brothers: A Tale of Two Sons busca oferecer uma experiência inovadora e emotiva. Vendo imagens e trailers, não é possível compreender bem qual é a proposta do game, é necessário pegar o controle e assumir o comando para ver o quanto o jogo é encantador.

Ao levarem seu pai até um médico, os irmãos Naiee e Nyaa descobrem que precisam encontrar a “água da vida” para poder curar a doença de seu genitor. Para conseguir atingir tal objetivo, os irmãos ingressam em uma jornada de dependência mútua, momento em que um necessita constantemente do auxílio do outro. Toda a história é contada por meio de imagens, sons e sentimentos, já que o jogador não é capaz de compreender nenhuma das falas que são ditas.

Durante a aventura, controlamos simultaneamente os personagens Naiee e Nyaa. No começo as coisas são um pouco mais difíceis, leva um tempo até que você se acostume com a mecânica do game. Cada um dos analógicos e gatilhos do controle corresponde aos movimentos de um dos irmãos. Estas são as únicas opções de comando: o analógico para direcionar o personagem e o gatilho para interagir com elementos do cenário e falar com NPCs. Pode parecer algo simples, mas não se engane: o jogo sabe usar muito bem a sua mecânica.


Com perspectiva isométrica, a única restrição imposta é que Naiee não pode se distanciar muito de Nyaa, e vice-versa; caso isso aconteça, um chamará pelo outro e será necessário reunir os dois irmãos. Esse singelo gesto indica ao jogador que ele está tomando o caminho errado com um dos personagens. Brothers: A Tale of Two Sons conta com algumas “batalhas”, mas todas são resolvidas unicamente com raciocínio e movimento dos dois irmãos.

A diferença entre os personagens é notada ao longo do gameplay. Enquanto Naiee (irmão mais novo) é brincalhão, capaz de passar em locais pequenos e tem aquela inocência presente nas crianças, Nyaa (irmão mais velho) é focado, sério e mais forte fisicamente. A união dos dois irmãos, que é essencial para o enfrentamento dos desafios, passa uma bela mensagem de amor e afeto.


O visual do título é muito bonito, principalmente por se tratar de um jogo independente. Os ambientes são bem construídos e possuem a sua beleza própria, resultando em um estilo visual mais caricato. A trilha sonora, apesar de simples, é relaxante e agrega à experiência como um todo. Vale ressaltar que o jogo é bem curto, podendo ser finalizado em pouco mais de duas horas.

Lançado em 2013, Brothers: A Tale of Two Sons está disponível para Xbox 360, PlayStation 3 e Windows. Esta análise foi feita com base na versão do Xbox 360.

Considerações finais
Brothers: A Tale of Two Sons apresenta uma nova experiência de jogabilidade que, à primeira vista, parece ser complicada. Entretanto, conforme se avança no game, o jogador fica mais familiarizado com a mecânica, não tendo mais tanta dificuldade para controlar os personagens e executar as ações necessárias.

Contada sem que nenhuma palavra seja dita, a história do jogo é muito bonita e comovente. A jogabilidade inovadora, o estilo de arte empregado e a trilha sonora simples entregam uma experiência ímpar, que merece ser conferida, principalmente pelos jogadores que gostam de experimentar coisas novas. É uma aventura curta, mas que certamente lhe marcará. Uma pena ver que o jogo sofre com alguns bugs, que podem eventualmente atrapalhar a progressão, mas felizmente não se trata de algo grave.

Nota
★★★★☆ – 4 – Ótimo

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Criador e editor do Portal E7, Herbert é advogado, amante de games e séries. Gamertag/ID: "HerbertVFV".
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