Análise da série The Walking Dead (5ª temporada)
Atenção! O texto a seguir contém spoilers da quarta temporada de The Walking Dead.
“Santuário para todos, comunidade para todos. Aqueles que chegam sobrevivem. Terminus.”. Esta mensagem estava estampada em várias placas ao longo de uma linha de trem que passava pela região. Depois que o Governador (David Morrissey) atacou e destruiu a prisão, os sobreviventes se dividiram em vários pequenos grupos. Coincidentemente, todos chegam até uma dessas placas e decidem ir até o Terminus para conhecer a comunidade. Como vimos no final da última temporada, a recepção não foi muito calorosa e eles acabaram sendo trancados em um vagão.
Se antes o local era realmente um santuário que ajudava as pessoas, hoje quem estava no comando não tinha mais essa visão. Na verdade era pior, havia intenções bem claras do que fazer com qualquer ser humano saudável que chegasse lá. Quando tudo parecia estar dando errado, Carol (Melissa McBride) aparece e causa uma grande confusão no local, tirando Rick (Andrew Lincoln), Daryl (Norman Reedus), Glenn (Steven Yeun) e Bob (Lawrence Gilliard Jr.) de uma situação extremamente complicada. Se no passado ela foi impedida de voltar para a prisão, agora Carol prova o seu valor e salva a vida de todos os seus companheiros. Depois dessa atitude, não havia como impedir que ela seguisse junto com eles. Como nem todos os que controlavam o Terminus foram mortos, essa parte da história tem mais alguns desdobramentos no decorrer da temporada.
Enquanto buscavam um lugar seguro, o grupo encontra um padre implorando por socorro. Ao receber ajuda, Gabriel (Seth Gilliam) permite que os sobreviventes se refugiem no interior da sua igreja. O líder religioso aparenta ter um grande arrependimento das atitudes que tomou no passado e parece estar um pouco perdido no mundo pós-apocalíptico. Esse conjunto de ações nos faz questionar se ele realmente é alguém confiável ou se está ali mais para atrapalhar do que ajudar.
Por mais que a igreja pareça um bom local para eles passarem alguns dias, Abraham (Michael Cudlitz) quer retomar a sua viagem para Washington e levar Eugene (Josh McDermitt) ao encontro dos outros cientistas. Embora Rick discorde que aquele era o melhor momento para seguir adiante, Abraham e Eugene pegam a estrada junto com Rosita (Christian Serratos), Tara (Alanna Masterson), Glenn e Maggie (Lauren Cohan). No meio do trajeto, ao enfrentarem algumas dificuldades, Eugene revela uma informação que muda tudo o que eles estavam fazendo até então. Enquanto isso, os sobreviventes que ficaram precisam lidar com alguns fatos inesperados.
No final da quarta temporada, Beth (Emily Kinney) foi pega por um carro com uma cruz branca no vidro traseiro e não tinha mais aparecido. No quarto episódio, vemos ela acordar no Grady Memorial Hospital, em Atlanta, e finalmente descobrimos o que havia acontecido. Como foram gastos equipamentos médicos no seu tratamento, Beth agora tinha uma dívida com o hospital e precisava trabalhar para quitá-la. Enquanto realizava atividades, Beth conhece Noah (Tyler James Williams), um jovem que também precisa trabalhar para poder um dia sair de lá. Querendo reencontrar sua família, Noah está planejando uma fuga e Beth demonstra interesse em participar do plano. A irmã de Maggie também se aproxima de duas figuras importantes do hospital, o médico Edwards (Erik Jensen) e a oficial Dawn (Christine Woods), que comanda o local. Quando Daryl e Carol avistam outro carro com uma cruz branca, Daryl imediatamente acredita se tratar das mesmas pessoas que capturaram Beth e encontra uma forma de seguir o veículo.
Depois que todas essas questões se resolvem e todos se reúnem novamente, um novo arco narrativo começa a ser introduzido. Responsável por recrutar pessoas para um lugar protegido contra as ameaças do novo mundo, Aaron (Ross Marquand) estava monitorando Rick e os demais há algum tempo. Impressionado com o que eles eram capazes de fazer, Aaron faz um primeiro contato com Maggie e Sasha (Sonequa Martin-Green) e é levado até Rick. Apesar da desconfiança, tendo em vista as relações que eles tiveram com outros sobreviventes, todos decidem ir conhecer Alexandria. De forma paralela a esses eventos, alguns zumbis com um W na testa começam a aparecer e um novo grupo, chamado Wolves (Lobos), é introduzido.
Considerações finais
Ir para Alexandria, acreditando exclusivamente em palavras e algumas fotografias, era uma decisão difícil e arriscada, mas o grupo liderado por Rick precisava de um lugar fixo para poder ficar. A grande questão é que o pessoal de Alexandria não está acostumado com a realidade existente fora dos muros. Até que ponto isso pode ser vantajoso e prejudicial para Daryl, Carol e os demais? Mantendo a sua essência, The Walking Dead segue colocando seus personagens em perigos constantes e, ocasionalmente, mortes acontecem. Ao mesmo tempo que convivemos com perdas marcantes, também temos a chance de conhecer novos personagens que chegam com a missão de enriquecer a trama.
A quinta temporada tem um foco maior no psicológico das pessoas, abordando mais de perto as angústias e sofrimentos que cada um enfrenta. Nesse ponto, notamos a mudança de postura de alguns personagens, como é o caso de Michonne (Danai Gurira) e Carol. Até mesmo Rick se mostra um pouco perdido nos episódios finais. O desfecho deixa muitas portas abertas para a sequência, certamente teremos um forte embate de ideologias, principalmente agora que um personagem conhecido está de volta. Será que o grupo estará preparado para o ataque dos lobos?
Nota
★★★★☆ – 4 – Ótimo
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