Análise da série Prison Break (4ª temporada)
Atenção! O texto a seguir contém spoilers da terceira temporada de Prison Break.
Após finalmente conseguir fugir da penitenciária panamenha, Michael Scofield (Wentworth Miller) decidiu ir atrás das pessoas responsáveis pela suposta morte de Sara Tancredi (Sarah Wayne Callies). Isso o levou de volta aos Estados Unidos, mais especificamente para a cidade de Los Angeles, onde James Whistler (Chris Vance) e Gretchen Morgan (Jodi Lyn O’Keefe) estavam executando uma operação para obter um cartão de dados pertencente à Companhia. Michael até conseguiu abordá-los, mas um tumulto no local impediu que ele obtivesse maiores informações sobre Sara. Mais tarde, Mahone (William Fichtner) promove um encontro entre Michael e Whistler, ocasião em que descobrimos detalhes sobre o paradeiro da médica e o plano de Whistler para acabar com a Companhia.
Ao perceber que Whistler tinha realizado uma cópia do cartão, o General (Leon Russom) fica furioso e manda um agente resolver a situação, ou seja, a vida de Whistler e de todas as pessoas próximas a ele passa a correr risco – o que inclui Michael, Lincoln (Dominic Purcell) e Mahone. Enquanto isso, no Panamá, Sona sofreu um incêndio e T-Bag (Robert Knepper), Bellick (Wade Williams) e Sucre (Amaury Nolasco) estão desaparecidos. Ainda no episódio de estreia, tomamos conhecimento do paradeiro dos três e quais são os seus planos. Destaque para o momento super engraçado em que Bellick reencontra sua mãe (nem parece ser o mesmo guarda durão que trabalhou em Fox River). Tendo a posse do livro de pássaros de Whistler, T-Bag tenta decifrar as mensagens que estão nele escondidas, o que o levará a ganhar uma nova vida. Logicamente seu ato gerará consequências e ele obrigatoriamente precisará lidar com elas. Antes disso, chegar aos EUA não será uma tarefa nada fácil…
No instante em que tentava fazer contato com Sara por meio de um telefone público, Michael é abordado pela polícia e levado até o agente especial Don Self (Michael Rapaport), que trabalha na unidade de segurança interna do FBI. Self está atrás de Scylla, um dispositivo que contém uma grande quantidade de informações da Companhia. Como conseguir acesso a esse arquivo de dados é algo extremamente delicado, o agente do FBI tenta convencer Michael a usar sua mente brilhante em troca de ser inocentado pelos atos praticados no passado. Devido a grandeza do plano, Michael convence Self a incluir mais algumas pessoas no acordo, levando-o novamente a trabalhar em parceria com Lincoln, Mahone, Sucre e Bellick. Quando Sara é encontrada, ela também decide fazer parte da operação que visa desmantelar a Companhia.
O grupo ainda é composto por Roland Glenn (James Hiroyuki Liao), um hacker a quem Don Self também prometeu imunidade. Glenn desenvolveu um dispositivo, que contém um disco rígido, capaz de obter qualquer dado eletrônico que esteja a cinco metros de distância. Isso facilitaria muito o trabalho do grupo, já que eles não precisariam sequer colocar as mãos no cartão para fazer uma cópia, basta encontrar uma forma de se aproximar do local em que ele está guardado ou da pessoa que o estiver portando. Eles até conseguem fazer isso com uma certa facilidade, mas ao analisar o resultado obtido, Glenn verifica que o arquivo não está completo. Olhando para anotações antigas do pai de Michael, que dedicou os dois últimos anos de sua vida tentando conseguir Scylla, eles descobrem que os dados da Companhia não estão armazenados em um único cartão, mas sim em seis.
Além de toda a história envolta de Scylla e da Companhia, a quarta temporada de Prison Break também é marcada por alguns fatores interessantes, como questões envolvendo o passado da família de Michael e Lincoln, que ganha maior força na reta final da temporada, e a manifestação de uma grave doença em um dos personagens principais da trama. Ao longo dos vinte e dois episódios, detalhes sobre o que a Companhia guarda em Scylla aos poucos são revelados: não se trata apenas de uma lista negra, existem dados que podem mudar a vida das pessoas, não apenas dos Estados Unidos, mas sim em todo o mundo. Vale mencionar que não é só Michael e seu bando que estão atrás da galinha dos ovos de ouro da Companhia, existem outras pessoas que também desejam ter acesso a esses arquivos secretos.
A série até conta com reviravoltas interessantíssimas, mas sabe quando tudo parece muito superficial? Sempre que algum personagem se encontra em uma situação de perigo, é certo que algum companheiro irá aparecer do nada para salvá-lo. Isso se repete várias vezes, o que consequentemente provoca um grau muito baixo de tensão no telespectador, que sabe que no fim tudo terminará bem. Situação semelhante acontece durante as perseguições: na grande maioria das vezes tenta-se criar a sensação de que eles serão capturados, mas a realidade é que o grupo sempre consegue fugir ou despistar quem estava atrás deles. Felizmente, todas essas falhas nos conduzem a um desfecho muito bem construído e que, por anos, foi considerado o final de Prison Break.
Considerações finais
Nada de fuga de prisões nem perseguições da polícia: a quarta temporada da série criada por Paul Scheuring coloca os seus principais personagens para desafiarem a Companhia pela primeira vez. O jogo parece ter virado? Nem tanto! O General ainda controla um grande império e fará tudo o que estiver ao seu alcance para parar Michael e seus parceiros, inclusive tentando convencê-los a se tornarem seus aliados, já que eles não são os únicos interessados nas informações.
Em termos narrativos, essa é de longe a temporada que apresenta a maior variação de acontecimentos. A história ganha muitas nuances e entrega uma conclusão bastante satisfatória. O grande problema é que parece que nada nunca acontecerá com os principais personagens, o que tira boa parte do brilho das inovações do enredo. Do meio para o final, qualquer tipo de ameaça apresentada na tela não me surpreendia mais, já que tinha a certeza de que tudo terminaria bem. Vamos ver agora como a continuação da série lidará com os acontecimentos retratados no final da quarta temporada. Pelo jeito, teremos mais um plano mirabolante para justificar o desaparecimento de um personagem (espero, sinceramente, que seja algo bem melhor do que a história por trás da falsa morte de Sara).
Nota
★★★☆☆ – 3 – Bom
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Essa de longe foi a temporada mais chata! Cara, que saco ficar assistindo e assistindo e nunca acontecer nada de interessante, é igual você citou, nada mais assustava ou impressionava, já sabíamos que iria aparecer alguém e resolver.
Eu só assisti tudo para poder pular para a 5 temporada sabendo alguma coisa por que olha.. me deu vontade de parar assistir e ir direto para a quinta temporada.
As vezes eu parava de assistir no meio e ia ver outra coisa de tão cansativo.
Quando o Self, rouba Scylla depois de tudo que fizeram e Michael resolve ir atrás, nossa, foi a mesma coisa de falar ''Olha tudo que vc assistiu até agora, vamos repetir mas com outras palavras'', chato demais, faltou criatividade para o roteirista. O que mais me deu vontade de parar foi chegar no penúltimo episódio e ver a Sara sendo presa e o Michael falando ''Vamos tira-la de lá'', nessa hora eu pensei em parar de assistir Prision Break geral, denovo entrar em um plano mirabolante e controverso para sair de mais uma prisão.. bla.. la vamos nós de novo.. chato!
Se as outras temporadas eu assistia vários episódios em sequência (em 2 semanas já estava na 4 temporada) essa eu demorei mais de 1 mês. Partiu quinta temporada agora. Espero que melhore.
Fora as coisas super superficiais que aconteciam, como por exemplo logo no começo quando eles vão invadir a casa de um agente importante da companhia para copiar o primeiro cartão, o cara mora em uma mansão com um muro gigante, vigiada por centenas de cameras e seguranças da companhia armados, ai eles simplesmente chegam e pulam o muro de um lado e pulam do outro! que ? como assim ?? é só isso ?
Isso é so uma das varias e varias e varias e varias cenas desse tipo que são superficiais.
A série repetiu tanto as mesmas mecânicas que acabou ficando totalmente sem graça. Sem querer te desanimar, a quinta temporada segue a mesma fórmula… Há momentos bons, mas nada parecido com as duas primeiras temporadas.
Sim, hahahaha. Eles têm a "incrível" capacidade de resolver algo extremamente complicado de uma forma muito simples.
Tudo parece mto fácil para
eles