Análise da série Lost (1ª temporada)
Saindo de Sydney, na Austrália, o voo 815 da Oceanic Airlines tinha como destino a cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos. No meio do trajeto, quando o rádio de comunicação da aeronave apresentou problemas, o piloto decidiu alterar o trajeto do voo. Durante uma forte turbulência, o avião se parte em três pedaços, dos quais dois caem em uma ilha paradisíaca no sul do Oceano Pacífico.
As quarenta e oito pessoas que sobreviveram à queda do avião estão agora isoladas e sem saber muito bem o que fazer. Havia esperanças que logo alguém apareceria para resgatá-los, mas com o passar dos dias, os sobreviventes começam a perceber que precisam urgentemente encontrar uma forma de se manterem vivos no local. Com a comida acabando e sem água para beber, a única solução é começar a explorar a ilha.
Acontece que a região parece estar repleta de incógnitas. Quando começam a andar pela selva, os sobreviventes percebem que uma criatura sobrenatural vaga pela área. Fatos inusitados, como a presença de um urso polar e uma mensagem em francês, com um pedido de socorro, sendo repetida há dezesseis anos, mostram que aquela ilha esconde muitos segredos. Se isso não é o suficiente, no meio da floresta ainda existe uma escotilha metálica enterrada no solo.
Mesmo com esses misteriosos eventos, a primeira temporada de Lost foca na vida das pessoas. Dentre os sobreviventes, temos as mais variadas histórias, que são aos poucos aprofundadas por meio de flashbacks. Normalmente cada episódio apresenta cenas do passado de um ou mais personagens, e é assim que descobrimos o que levou cada um deles a embarcar no avião rumo a Los Angeles. Com personalidades completamente diferentes, esses indivíduos agora precisam se unir em prol de um objetivo maior.
Responsável por socorrer os feridos após a queda, Jack (Matthew Fox) também presta assistência àqueles que eventualmente se machucam ou passam mal. Com suas atitudes, o médico ganha o respeito da maioria das pessoas e se torna o líder dos sobreviventes. Jack rapidamente cria uma relação com a jovem Kate (Evangeline Lilly), uma ex-fugitiva que havia sido capturada na Austrália e estava sendo levada para os EUA. Outro personagem com o passado problemático é Sawyer (Josh Holloway), que geralmente está envolvido na maioria das confusões do grupo.
Com sua experiência militar, o iraquiano Sayid (Naveen Andrews) também desempenha um importante papel na trama. O oficial de comunicações tenta consertar o transceptor para pedir socorro e, posteriormente, se esforça para rastrear a origem da mensagem que é repetida na ilha. O personagem mais enigmático da atração é John Locke (Terry O’Quinn): cadeirante, após a queda da aeronave ele misteriosamente recuperou os movimentos das pernas. Locke possui habilidades de rastreamento e caça e parece entender muitas das coisas que acontecem na ilha. A parte divertida da história fica por conta de Hurley (Jorge Garcia), que ficou milionário após jogar na loteria com os números 4, 8, 15, 16, 23 e 42, que eram constantemente repetidos por um amigo seu. Nos instantes finais da temporada, descobrimos que essa sequência numérica, por incrível que pareça, possui ligação com algo na ilha.
Charlie (Dominic Monaghan) era vocalista da banda Drive Shaft e é viciado em heroína. Portando apenas um pacotinho da droga, Charlie luta consigo mesmo para tentar abandonar o vício. No decorrer dos episódios, o músico se aproxima de Claire (Emilie de Ravin), uma jovem australiana que está grávida de oito meses e é ignorada pela maioria das pessoas. Entre os personagens principais, ainda temos o casal coreano Sun (Yunjin Kim) e Jin (Daniel Dae Kim), os irmãos Shannon (Maggie Grace) e Boone (Ian Somerhalder), e Michael (Naveen Andrews), que possui uma complicada relação com o seu filho Walt (Malcolm David Kelley), que recentemente perdeu a mãe.
Considerações finais
Criada por J. J. Abrams, Jeffrey Lieber e Damon Lindelof, o primeiro ano de Lost foi ao ar entre 2004 e 2005, pela emissora estadunidense ABC. Quinze anos depois da estreia, por tudo o que a série representa na história da TV, decidi assistir Lost pela primeira vez. Confesso que não foram necessários muitos episódios para que eu me surpreendesse positivamente com o programa. A quantidade de mistérios presentes na ilha e a narrativa envolvente logo me cativaram, fazendo com que a minha vontade em continuar acompanhando a atração fosse grande.
Graças aos flashbacks, as histórias de cada um dos personagens são muito bem desenvolvidas, é legal conhecer o que cada pessoa era antes do desastre aéreo. O enredo, repleto de segredos, é acompanhado de um excelente trabalho por parte do elenco, o que contribui ainda mais para a grande qualidade vista no primeiro ano da série. Direção e produção também merecem destaque. Com muitas questões para serem respondidas, vamos ver o que a segunda temporada nos reserva!
Nota
★★★★★ – 5 – Excelente
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