Análise da série Sherlock (2ª temporada)

No final da primeira temporada, tivemos uma incrível sequência onde o personagem Jim Moriarty (Andrew Scott) foi introduzido na narrativa da série. Nas histórias escritas por Arthur Conan Doyle, Moriarty é o maior inimigo do detetive Sherlock Holmes. Na ocasião, Sherlock (Benedict Cumberbatch) e o Dr. Watson (Martin Freeman) foram colocados em uma emboscada armada por Moriarty, onde várias miras a laser apontavam para o detetive, enquanto Watson tinha uma bomba amarrada em seu corpo.

A segunda temporada dá sequência a estes acontecimentos, mostrando como Sherlock e Watson conseguiram sair dessa situação. Composta mais uma vez por três episódios com aproximadamente noventa minutos de duração, a série apresenta em cada capítulo um novo caso. A produção da BBC manteve o alto nível de qualidade visto na primeira temporada, colocando desta vez os protagonistas em histórias mais bem elaboradas. Além disso, Sherlock e Dr. Watson agora precisam lidar com fama por eles obtida na resolução dos casos e nas histórias postadas por Watson em seu blog.

O primeiro episódio gira em torno Irene Adler (Lara Pulver), uma mulher que esteve envolvida em escândalos políticos. Sendo uma profissional do sexo, durante um de seus trabalhos ela faz registros em seu telefone de alguém ligado à família real britânica. Com medo das fotos comprometedoras vazarem, Mycroft Holmes (Mark Gatiss) procura seu irmão para que ele e Watson trabalhem no caso. Diferente do que aconteceria com outras pessoas, Adler não quer receber nenhum tipo de dinheiro para manter as fotos em segredo. Tudo se trata de um jogo de poder.

O segundo episódio é sem dúvidas o mais sombrio da série até aqui. Tudo começa quando Henry Knight (Russell Tovey) vai até o apartamento da dupla e conta a história de um suposto cão gigante, com pelos negros e olhos vermelhos, que atacou e matou seu pai há vinte anos. Ao retornar até o local, Henry encontrou pegadas gigantes. Essa história foi exibida na TV e despertou a curiosidade de muitas pessoas, aumentando o turismo local. Sherlock e Watson aceitam investigar o caso e vão até o condado de Devon, mais especificamente na região onde está localizado a base de Baskerville, lugar onde o governo inglês realiza experimentos genéticos. Teriam os experimentos científicos alguma relação com o cão gigante?

Por fim, o terceiro e último episódio da temporada gira em torno de um plano de Jim Moriarty para tentar derrubar Sherlock. Como estratégia, Moriarty tenta acabar com a reputação e credibilidade de Sherlock, que de investigador passa a ser um dos principais suspeitos de um crime. O desfecho desse episódio, e consequentemente da temporada, é sensacional, deixando muitas questões abertas para a terceira temporada.

Considerações finais
A BBC é uma emissora de TV internacionalmente conhecida por sua credibilidade e por entregar ao púbico produções de alto nível. Sherlock não foge desse padrão. A segunda temporada mantém o nível de qualidade visto na temporada anterior, apresentando excelentes histórias (que mais uma vez foram adaptadas da obra de Arthur Conan Doyle).

Com episódios mais longos do que o habitual, a série conta com uma direção cinematográfica, apresentando ótimas transições de cena. O elenco mais uma vez não decepciona e entrega atuações de alto nível. As narrativas possuem boas doses de surpresa e reviravoltas, não permitindo que os episódios se tornem cansativos. A “season finale” é simplesmente incrível!

Nota
★★★★★ – 5 – Excelente

Veja mais sobre Sherlock:
└ Análise da série Sherlock (1ª temporada)

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Criador e editor do Portal E7, Herbert é advogado, amante de games e séries. Gamertag/ID: "HerbertVFV".
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