Análise do jogo Tomb Raider: Anniversary

Ao longo doa anos, a franquia Tomb Raider viveu altos e baixos. Se os três primeiros jogos da série ganharam muita fama e foram amplamente elogiados, o mesmo não se pode falar das suas sequências. Antes de sofrer o reboot de 2013, a Crystal Dynamics tentou dar uma nova cara para franquia em 2006 com Tomb Raider: Legend

Para completar a história de Lara e preparar os jogadores para a chegada de Tomb Raider: Underworld (2008), o estúdio decidiu lançar, em 2007, Tomb Raider: Anniversary, um remake do primeiro jogo da franquia. Além de poder utilizar de novos recursos tecnológicos, algumas mudanças na personalidade de Lara foram feitas, uma clara tentativa de tornar a personagem mais humana.

A história do jogo inicia-se com Jacqueline Natlas, executiva de uma grande empresa de tecnologia, encomendando um serviço para Lara: pegar um misterioso artefato localizado em uma tumba no Peru. O pai de Lara tentou no passado localizar este mesmo artefato, mas não obteve sucesso. Enquanto explorava o local, Lara consegue encontrar o que estava procurando, oportunidade em que descobre que aquela é apenas uma das partes da Atlantean Scion, o que leva a jovem arqueóloga a realizar viagens para outras regiões do mundo.

Enquanto jogamos temos a liberdade de caminhar pelos cenários e tentar desvendar os inúmeros puzzles existentes. Como os ambientes estão repletos de armadilhas, é necessário sempre ficar atento. O jogador também precisa estar concentrado na hora de executar os saltos, já que um movimento errado pode provocar a queda da personagem.

Mesmo que o foco esteja na exploração e nos desafios em plataformas, o game também conta com alguns momentos de ação e combate. Durante as batalhas, Lara pode atirar nos inimigos e desviar de seus ataques. O que muitas das vezes atrapalha a experiência é a câmera, que acaba não se comportando bem em certos momentos. O jogo também conta com alguns momentos de quick time event, onde é necessário apertar o botão exibido na tela.

Anniversary, de certa forma, mantém o nível de dificuldade do primeiro Tomb Raider, exigindo que o jogador descubra sozinho o caminho correto a ser seguido. Tudo funciona na base de tentativa e erro, não há nem mesmo um mapa para servir de guia. A jornada é facilitada graças ao sistema de checkpoint, que costuma salvar o jogo com frequência, não fazendo com que o jogador tenha que rejogar grandes trechos após uma morte.

Em termos de gráficos, o game está muito bonito e bem detalhado. Quando Lara sai da água, percebemos que a roupa da personagem está molhada (vale lembrar que estamos falando de um jogo lançado em 2007, o que na época representava um avanço). A trilha sonora é boa, mas nada de espetacular.

Tomb Raider: Anniversary está disponível para Xbox 360, PlayStation 2, PlayStation 3, PlayStation Portable, Nintendo Wii, Windows e macOS. Esta análise foi feita com base na versão do Xbox 360.

Considerações finais
Além de ajudar a franquia a tomar novos rumos, Tomb Raider: Anniversary também é um tributo ao primeiro jogo da série. Contando com mudanças sutis na narrativa, os grandes diferenciais em relação ao jogo de 1996 são certamente a parte gráfica e a jogabilidade.

Apesar do sistema de checkpoint e das novas mecânicas, o jogo continua desafiador. É certamente uma boa oportunidade para que novos fãs da franquia possam conhecer um pouco mais sobre a antiga Lara Croft.

Criador e editor do Portal E7, Herbert é advogado, amante de games e séries. Gamertag/ID: "HerbertVFV".
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