Cédulas de dinheiro do Cruzeiro Antigo
O Cruzeiro, também conhecido como Cruzeiro “antigo” vigorou durante o período compreendido entre 1 de novembro de 1942 à 12 de fevereiro de 1967. Por conta da alta da inflação ocorrida nos anos 50 e 60, houve a necessidade modificar moeda para haver uma contabilidade mais adequada das somas, que estavam cada vez mais vultosas por conta do descontrole monetário.
Inicialmente, o projeto de emissão se limitava aos valores de 10, 20,
50, 100, 200, 500 e 1000 cruzeiros, sendo que as notas de 1, 2 e 5
cruzeiros só foram introduzidas por conta da situação de guerra, uma vez
que havia falta de condições para a emissão de moedas metálicas.
50, 100, 200, 500 e 1000 cruzeiros, sendo que as notas de 1, 2 e 5
cruzeiros só foram introduzidas por conta da situação de guerra, uma vez
que havia falta de condições para a emissão de moedas metálicas.
Por conta da inflação, a nota de 5.000 cruzeiros foi lançada em 1963 e a
de 10.000 cruzeiros em 1966, sendo mantido o esquema das cédulas
anteriores.
de 10.000 cruzeiros em 1966, sendo mantido o esquema das cédulas
anteriores.
Confira as notas abaixo:
Cédula de 1 Cruzeiro
Cédula de 2 Cruzeiros
Cédula de 5 Cruzeiros
Cédula de 5 Cruzeiros (2ª versão)
Cédula de 10 Cruzeiros
Cédula de 20 Cruzeiros
Cédula de 50 Cruzeiros
Cédula de 100 Cruzeiros
Cédula de 200 Cruzeiros
Cédula de 500 Cruzeiros
Cédula de 1000 Cruzeiros
Cédula de 5000 Cruzeiros
Cédula de 10000 Cruzeiros
A série inicial de cruzeiros conheceu as primeiras mudanças em 1961, quando a cédula de 5 cruzeiros, que trazia a efígie do Barão do Rio Branco, foi substituída por outra, de desenho mais moderno, com o rosto em perfil de um índio. A “nota do índio” logo caiu no gosto popular por conta de uma brincadeira que fazia o índio “assobiar”. Tudo não passava de uma forma de dobrar o papel, encaixando parte do desenho de uma jangada na boca do índio.
O desenho original dos cruzeiros seguia o padrão da época em que foram criadas, com as efígies (rostos de figuras históricas do país) colocadas em medalhões estilizados ao centro da nota e cercados por intrincados desenhos floreados. Os homenageados também eram escolhidos e retratados de maneira formalista. Os grandes militares brasileiros tinham lugar cativo nas cédulas: as notas de Cr$ 1,00 tinham o rosto do Marquês de Tamandaré (patrono da Marinha Brasileira), Duque de Caxias (Patrono do Exército) nas notas de Cr$ 2,00 e Marechal Deodoro da Fonseca nas de Cr$ 20,00. Já as cédulas de Cr$ 5,00 traziam inicialmente o já citado Barão do Rio Branco, as de Cr$ 50,00 tinham o rosto da Princesa Isabel. Seu pai, o imperador D. Pedro II, decorava a nota de valor seguinte, a de Cr$ 100,00, e seu avô, D. Pedro I, a de Cr$ 200,00. A “série familiar” continuava, com D. João VI nas notas de Cr$ 500,00. A cédula de valor mais alto, incialmente, era a de Cr$ 1000,00, com o rosto do navegador Pedro Álvares Cabral, e conhecida popularmente como “abobrinha”, por conta de sua cor predominante. As notas de Cr$ 10,00 traziam o rosto do criador do cruzeiro, Getúlio Vargas, numa clara demonstração do culto à personalidade vigente durante o Estado Novo (1937-1945).
Na década de 60, a inflação já começava a se fazer sentir nos bolsos e na produção de notas. Foram lançadas as cédulas de Cr$ 5.000,00 e Cr$ 10.000,00, com desenho ligeiramente diferente das antigas notas e que traziam os rostos de Tiradentes e de Santos Dumont.
Muito bacana este post!
Obrigada pela matéria, as notas da década de 40 realmente são belíssimas!!
Legal! No meu perfil do Instagram eu mostro alguma dessas e outras cédulas da minha coleção: @1999GermanJoe