Séries: Toma Lá, Dá Cá

Toma Lá, Dá Cá é um seriado de televisão brasileiro exibido pela Rede Globo, criado por Maria Carmem Barbosa e por Miguel Falabella (que também era protagonista e responsável pelo roteiro final). Começou como um especial de fim de ano, exibido em 29 de dezembro de 2005. O episódio piloto deu origem a um show homônimo, a partir do 7 de agosto de 2007, exibido às terças-feiras, substituindo a série A Diarista. A série tinha a direção geral de Cininha de Paula, que substituiu Mauro Mendonça Filho, devido a saída deste para a direção da novela das 18h da mesma emissora, Negócio da China (também de autoria de Falabella). A direção de núcleo era de Roberto Talma. O último episódio da série foi exibido no dia 22 de dezembro de 2009.

Sinopse
Primeira temporada

O programa conta a história de dois casais: Arnaldo, dentista, é casado com a corretora de imóveis Rita, mas já foi casado com a dona-de-casa Celinha, com quem teve um filho, Adônis. Hoje Celinha é casada com o também corretor Mário Jorge, que é ex-marido de Rita, com quem teve dois filhos, Isadora e Tatalo. A história se passa no condomínio Jambalaya Ocean Drive.

A guarda de Isadora e Tatalo ficou com a mãe, Rita, enquanto a guarda de Adônis ficou com Celinha. Agora Mário Jorge passa por um carma que já foi de Arnaldo: a sogra, Copélia, totalmente fora dos padrões, ninfomaníaca e que não dá descanso algum e que mora no apartamento de Mário Jorge.

Quem também apronta é Dona Álvara, a louca e severa síndica do edifício, que sempre está às voltas com as confusões do quarteto. As duas famílias ainda dividem a diarista Bozena, natural de Pato Branco, interior do Paraná, e que, com seu forte sotaque e as histórias de sua cidade, sempre se envolve nas confusões da turma.

Para completar, enquanto estavam ainda casados, Rita e Mário Jorge eram sócios em uma empresa corretora de imóveis, e compraram dois apartamentos, um de frente para o outro, com a intenção de torná-los um só. Os dois acabaram se separando, e cada um se mudou para um apartamento, com seus parceiros. Enquanto isso, Celinha e Arnaldo dividem um terreno abandonado em Saquarema, cidade praiana do estado do Rio de Janeiro.

O nome Toma Lá Dá Cá se explica, além dos laços familiares, pela rotatividade dos personagens, que transitam livremente entre os dois cenários (os apartamentos das duas famílias).

Segunda temporada

Vários personagens entram para a história. O primeiro deles é Seu Ladir, marido de Dona Álvara, que é bissexual e considera que tudo à sua volta “é mara” (maravilhoso).

A segunda é a lésbica Deise Coturno, que é apaixonada por Bozena e vive dando em cima das outras mulheres do prédio, entre elas Rita, Celinha e Dona Álvara (que a discrimina por isso).

A terceira, ainda que nunca tenha aparecido de fato, sendo apenas mencionada nesta temporada, é a Draª Percy, a tresloucada psicoterapeuta de Adônis, que criou um grande laço afetivo com ela. A Draª Percy aparece apenas na temporada seguinte.

Terceira temporada 

Na terceira temporada, a crise econômica de 2008 chega ao edifício, fazendo com que Arnaldo perca o consultório dentário e seja obrigado a atender os clientes em sua própria casa, para contragosto de Rita. Seu Ladir deixa o seriado.

A casa de Celinha e Mario Jorge será afetada, fazendo com que o corretor seja mestre-de-obras do Jambalaya.

O condomínio também ganha uma nova moradora, a jornalista Harolda Neves (Zezé Polessa), que vive escrevendo matérias sobre a vida dos moradores do edifício, principalmente de Rita e Celinha.

Drª Perci tornou-se uma personagem fixa, sendo interpretada por Miguel Magno. Com a aparição da mesma, também foi mostrado o parque aquático do Jambalaya, onde são feitas as consultas. Sua última aparição foi no 16º episódio, “Respondez Sil Vous Plait”, devido à morte do ator Miguel Magno. O programa foi concluído com o episódio “A Caminho das Estrelas”, em que a favela “Nova Jambalaya” invade o condomínio, e fazem uma revolução, e os moradores do 11º primeiro andar, são salvos por seu Ladir, que vem com uma nave espacial para salvá-los.

Personagens Principais

Celinha
(Adriana Esteves):
Casada com Mário Jorge, Celinha é uma dona-de-casa exemplar. Organizada nas tarefas domésticas e vaidosa em sua aparência, Celinha também se dedica a cuidar de Adônis, seu filho com Arnaldo, seu primeiro marido. Além disso, se preocupa com a irresponsabilidade da mãe, Copélia, que mora em sua casa. Centralizadora, ela não deixa de se meter na criação dos filhos de Mário Jorge com Rita – Isadora e Tatalo.


Mário Jorge ( Miguel Falabella): Marido de Celinha, Mário Jorge é corretor de
imóveis e já foi surfista. Ele foi casado com Rita, sua colega de
profissão, e compete com sua ex-mulher. Sua maior preocupação é a
educação dos filhos, Isadora e Tatalo, de seu primeiro casamento.

Rita
(Marisa Orth):
Competitiva e prática, Rita é corretora de imóveis e sonha em vender mais apartamentos que seu ex-marido, Mário Jorge. Atualmente casada com Arnaldo, Rita mora com os filhos, Isadora e Tatalo, fruto do primeiro relacionamento. Sempre com pressa, Rita não tem tempo para cuidar da casa, muito menos para se preocupar com sua aparência, e por isso inveja as habilidades domésticas de Celinha.

Arnaldo (Diogo Vilela): Dentista, Arnaldo é casado com Rita, mas já foi marido de Celinha. Arnaldo mora no apartamento da mulher e divide o espaço com os filhos dela e de Mário Jorge: Isadora e Tatalo. É metódico e obcecado com seu trabalho, sempre procurando clientes ricos e famosos.

Copélia (Arlete Salles): Mãe de Celinha, Copélia tem o espírito jovem e é
vaidosa. Depois de incendiar acidentalmente seu apartamento, Copélia vai
morar com a filha, com o atual marido dela, Mário Jorge, e com o neto
Adônis. Este, no entanto, está proibido de chamar Copélia de avó. Sua
maior companheira de baladas é Isadora, filha de Mário Jorge e Rita.

Bozena (Alessandra Maestrini): Diarista, Bozena alterna o trabalho no apartamento
de Mário Jorge e Celinha com a faxina na casa de Rita e Arnaldo. Em cada
apartamento, ela segue as ordens e o estilo da patroa. Com sotaque
carregado, Bozena é paranaense e sempre conta histórias hilárias de sua
cidade natal, Pato Branco. A diarista transita pelas duas famílias e se
envolve nas confusões que elas arrumam.

Álvara (Stela Miranda): Conservadora e mandona, Álvara gosta de ser informada de todos os hábitos dos moradores do condomínio. Qualquer movimento estranho faz soar o alarme da síndica e ela prontamente se intromete na situação. E, como a rotina das famílias de Celinha, Rita, Mário Jorge e Arnaldo não é muito normal, Álvara tem o costume de visitá-los e vigiá-los.

Isadora (Fernanda Souza): Rebelde e namoradeira, Isadora gosta de chamar a atenção dos pais (Rita e Mário Jorge), do padrasto (Arnaldo) e da madrasta (Celinha). A jovem tem vocação para política corrupta. Copélia é sua companheira de baladas e falcatruas. É irmã de Tatalo.

Adônis (Daniel Torres): Aflito com as questões da humanidade, Adônis é um rapaz à frente de seu tempo. Ele censura as besteiras cometidas pelos pais, Celinha e Arnaldo, e pelo padrasto, Mário Jorge. Introspectivo, brilhante e vaidoso, Adonis lê clássicos da literatura e discorre sobre vários assuntos da atualidade, como o aquecimento global.

Tatalo (George Sauma): Alienado e distraído, Tatalo raramente está informado do que acontece em sua casa, onde mora com a mãe (Rita), o padrasto (Arnaldo) e a irmã (Isadora). É motivo de preocupação também para seu pai (Mário Jorge), que não entende a personalidade aérea do filho. Às vezes, Tatalo surpreende a família com colocações sensatas, mas logo depois se “desliga da Terra” novamente.

Dra. Percy (Miguel Magno): Dra. Percy é psicóloga de Adônis há anos.
Depois que começa a atender seus pacientes no parque aquático do
Jambalaya, acaba se envolvendo com as famílias do condomínio.

Bordões

O Toma Lá Dá Cá é famoso por ter criado vários bordões que já se tornaram populares e famosos.

– “Prefiro não comentar.” (Bordão de Copélia. Já foi dito pelos outros personagens e por Deus em pessoa no final do episódio “voo cego”. É o bordão mais popular do programa.)

– “É mara.” (Seu Ladir, quando se anima com algo. Já foi dito por quase todos os personagens e citado na novela das oito A Favorita pela personagem de Bel Kutner, Amelinha. Um bordão que se tornou muito popular.)

– “Oh garota mau caráter.” (Mário Jorge referindo-se a Isadora. Foi dito por Arnaldo, Isadora, Dona Álvara, Bozena, Seu Ladir, Quientinha Alburqueque, Geneviéve, Celinha, Tatalo e por Deise Coturno. Também foi usado contra outras pessoas ou coisas, como o mosquito da dengue e o teto dos apartamentos.)

– “Esta garota nasceu com o olho junto.” (Mário Jorge falando de Isadora. Foi dito por Rita, ao ver uma foto da filha de Tatalo, no episódio “Na Boca Do Sapo”. Também foi dito pela própria Isadora, no episódio

– “O Buraco é Mais Embaixo”, se referindo a si própria como “mas mãe é que eu tenho olho junto, aí cerebro não vai, eu escutei isso a vida inteira ” e no episódio “Milagre no Jambalaya” como “já viu, esse peru…tem olho junto igual ao meu”)

– “Lá em Pato Branco…” (Bozena, sempre usado para contar alguma história de sua cidade, Pato Branco. No episódio “Império sem sentido” a ancestral de Bozena fala “Lá em Pato Preto.”)

– “Daí.” (Outro bordão de Bozena, usado para terminar alguma frase. Já foi dito por Isadora, Rita, Tatalo, Celinha, Mario Jorge e Copélia.)

– “Cavalo.” (Bozena, reclamando das grosserias de Mário Jorge. Já foi dito por Isadora e Dona Álvara.)
“…Tananan…Tananan.” (Celinha, quando quer estimular algo. Chegou a ser falado por Mário Jorge, Copélia e Dona Álvara.)

– “Ataque cardíaco de Celinha” (Bordão de Celinha, sempre com a mão direita fechada e levada ao coração. Na 2ª temporada, esse gesto também passou a ser usado por Adônis. Chegou a ser usado por Bozena, por Copélia, dona Álvara, Arnaldo, Tatalo, Rita e Mário Jorge.)

– “Risada histérica da Dona Álvara”. (Tatalo, Mário Jorge, Arnaldo, Rita, Bozena, Copélia, Celinha, Adônis e Isadora já deram essa risada.)

– “Choro da Copélia”. (Usado quando ela leva broncas de Celinha.)

– “Nein”. (Bordão de Copélia, quando ela conversa com as pessoas.)

– “Confronte!”. (Bordão de Drª Percy, quando alguém se queixa de seus problemas.)

O Jambalaya Ocean Drive

O condomínio situa-se na Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Possui 10 blocos, representados pelas letras de A a J, e vários outros ambientes de uso comum dos condôminos. Os apartamentos dos personagens da série se situam no 11º andar do bloco C.

Ambientes do Condomínio

– Parque aquático (onde Adônis faz terapia e onde Copélia adora ficar nua).
– Matagal (lugar favorito de Copélia, Ladir e Deise).
– Play (onde Adônis se encontra com a Princesa Grace).
– Campo de futebol.
– Salão de cabeleireiro citado no episódio “O Vestido que a Lady deu”.
– Salão de festas que aparece nos episódios “Em Pratos Limpos”, onde ocorre a eleição à síndico do Jambalaya, no episódio “O Buraco é Mais Embaixo”, onde ocorre o desfile da grife Ladiríssimo, no episódio – “Os Bens Casados”, onde há uma festa e no episódio “Até Que A Morte Os Reúna”, onde ocorre o velório do Seu Barafun.
– Apartamento da Madame Periaque, que é um SPA asiático.
– Cobertura, onde vivem dona Álvara e Seu Ladir (aparece no episódio do incêndio na terceira temporada)
– Quadra poliesportiva.
– Lugar onde fazem corrida de submarinos (localizado depois do Matagal).
– Trilha e Canil (onde ficava o cachorro Panturrilha, de dona Álvara).
– Lapélia (zona no Matagal preferida de Ladir e Copélia)
– Estacionamento.
– Barbucha (bar para “gays, heteros e afins”, inaugurado por Ladir)
– Fórum do Jambalaya (mencionado no episódio “Cada Macaco no Seu Galho”)
– Sedes dos projetos sociais promovidos pelo Jambalaya. Jambareggae, Filhos de Jamba e Jambinha do amanhã.

O Matagal: Localizado atrás do bloco J (episódio Quem Canta Seus Males Espanta), é como um parque de diversões para Copélia, Ladir, Deise e outros moradores que gostam da azaração no mato. No episódio Sururu no Matagal, acreditava-se que havia um minério valiosíssimo chamado Futestônio, responsável por reativar o desejo sexual. Porém, foi comprovado que a quantidade é mínima. Todos os bichos do lugar foram embora, mas vez ou outra aparece algum, como uma capivara (segundo Copélia, que acariciou o bicho sem querer).

TV Jambalaya 

A TV Jambalaya é uma emissora de televisão que opera dentro do condomínio de Jambalaya. Tem apenas dois programas conhecidos: o Jornal do Jambalaya, onde exibe notícias, e a novela A Chama de Tupã, que foi exibida no dia 16 de junho de 2009, no episódio A Tal da Metalinguagem.

Boatos que circulam no Jambalaya

– “Dona Deise já pegou Bozena.” (Bozena perguntando a Dona Deise)
– “Dona Álvara teria engaiolado mosquitos dentro da casa dela para atacar outros candidatos a síndico que contraíram dengue durante o período de eleição.” (Adônis, no episódio 26, Em Pratos Limpos)
– “Dona Álvara e Seu Ladir não são desse planeta.” (Rita, episódio 33, A Cinderela de Pato Branco)
– “A estrutura do Jambalaya é toda feita de areia.” (Tatalo, episódio 33)
– “O Jambalaya foi construído em cima de um pântano.” (Arnaldo em alguns episódios)
– “Celinha pode ler a sorte na máquina de lavar.” (Adônis, episódio 7, Dolly Pancada Seca)
– “As paredes do Jambalaia tem ouvidos.” (Tatalo, episódio 19, Nem Tudo é Realidade)
– “A Bozena é fruto de uma violência que a mãe dela sofreu.” (Copélia, episódio 19, Nem Tudo é Realidade)
– “Arnaldo é pai de um chinês.”(Mário Jorge, episódio 26, Em Pratos Limpos)
– “Arnaldo tem um avô chinês.” (Cleide, episódio 16, Quem Muito se Abaixa)
– “Dona Álvara tem filhos com Seu Ladir, porém eles fugiram.” (Celinha, episódio 50, É Dos Carecas Que Elas Gostam Mais)
– “Mário Jorge e Celinha deram um vidro de esmalte para Rita de presente de aniversário.” (Mário Jorge e Rita, episódio 3, Quando Paris Ilumina.)
– “Arnaldo e Mário Jorge não se incomodariam que Rita e Celinha os chamassem de Brad Pitt.”(Arnaldo e Mário Jorge, episódio 49, O Pecado Malha ao Lado.)
– “Isadora e Tatalo podem ter sido trocados na maternidade.” (Mário Jorge e Dona Genenviéve.)
– “Tudo tem um limite!” (Rita, em vários episódios.)
– “Adônis e Isadora podem ter sido frutos de uma experiência genética” (Quietinha Albuquerque se referindo a Isadora e o próprio Adônis se referindo a ele mesmo, nos episoidios 41 e 51.)
– “Ladir é o pai genético de Celinha” (Adônis no episódio 40)
– “O apelido de Isadora na escola é pizza gigante: dá até pra oito” (Tatalo em Espelho, espelho meu)
– “Bozena nasceu de 12 meses, com 3 dentes na boca e com uma peruca ruiva”(Ela mesma no episódio A Bolsa ou a Vida.)
– “A primeira palavra de Adônis, aos 10 meses, foi Paralelepipedo.”(Arnaldo no episódio Cada macaco no seu galho.)
– “Dona Álvara e Bozena nunca foram beijadas.” (As próprias Dona Álvara e Bozena, no episódio O Rouxinol do Jambalaya.)
– “Até o Diabo já deu um bolo na Dona Álvara.” (A própria Dona Álvara em A Foca no Armário.)

Créditos

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