Análise do jogo Assassin’s Creed IV: Black Flag

Assassin’s Creed tornou-se uma das maiores franquias da Ubisoft. Com lançamentos anuais, manter a qualidade a qualidade dos jogos acaba sendo um dos maiores desafios para a empresa francesa. Buscando apresentar inovações na série, Black Flag experimenta novas mecânicas e propostas.

O jogador assume o papel de Edward Kenway um pirata que inicia sua luta contra os templários por um acaso. No início do jogo, o navio de Edward é atacado por inimigos, sendo liderados por um assassino chamado Duncan. Após sobreviver ao naufrágio, Kenway enfrenta e derrota o assassino. Revistando suas roupas, Edward descobre que o Duncan estava atrás de uma recompensa prometida pelo governador de Havana, que não conhecia o assassino pessoalmente. O pirata então decide pegar suas roupas, assumir a identidade de Duncan e ir ao encontro do governador.

Em Havana, Edward recebe a recompensa e tem o primeiro contato com os templários. Ele também descobre que assassinos e templários estão atrás de um lugar chamado Observatório, que aparentemente tem um mecanismo capaz de localizar pessoas. Muito ambicioso, Edward quer chegar ao local antes deles, descobrir seus mistérios e ganhar muito dinheiro em cima disso. Para cumprir seus objetivos, Kenway forma uma tripulação completa, mas, ao longo da jornada, o pirata se vê surpreendido com alguns acontecimentos que podem mudar a forma com que ele encara sua vida.

A história do jogo é contada em duas linhas temporais, uma em que o jogador controla o pirata Edward (passado), e outra onde assume o papel de um desconhecido nos escritórios da Abstergo Entertainment (presente). Enquanto está na Abstergo, o jogador controla um personagem com visão em primeira pessoa. Sem grandes acontecimentos e aparentando muitas vezes ser um mero tutorial, os eventos da Abstergo são, sem dúvidas, a pior parte do game (basicamente o jogador anda pelo local e executa ações pelas quais recebeu ordem).

Os eventos vividos por Edward são ambientados na região das ilhas do Caribe durante o século XVIII. Black Flag possui visuais muito bonitos, seja nas praias, no mar, ou nas cidades. O local escolhido por si só já contribui com a beleza do jogo, e, com os recursos de iluminação utilizados, a experiência com o jogo de certa forma encantadora. As cidades são repletas de construções para serem escaladas, loja para adquirir itens e locais para se esconder. Os colecionáveis estão espalhados por todo o mapa, rendendo mais algumas boas horas de jogo para aqueles que vão atrás deles.

Para navegar entre as regiões do mapa, Edward controla o navio Gralha. Se as cidades conseguem passar a ideia de ser um lugar vivo, a tripulação do navio segue o mesmo caminho: enquanto você navega por águas salgadas, os tripulantes bebem e entoam cantos (que por sinal são muito bons). A jogabilidade com o navio é bem simples, seja durante as viagens ou batalhas. O Gralha está equipado com canhões e barris que pegam fogo, o que garante boa diversão durante as disputas com outros navios ou fortes. Em alto-mar, o jogador também pode caçar baleias e tubarões, que fornecem materiais para construir e melhorar os equipamentos de Kenway. Outra atividade disponível é a busca por tesouros em locais de naufrágio.

A jogabilidade com Edward é bem fluida: o jogador pode andar livremente pelo mapa, escalar construções e realizar ataques com espadas, lâminas de punho, uma pistola e utilizar dardos para distrair inimigos. Enquanto está escondido, o jogador pode fazer com que o personagem assobie, atraindo inimigos e permitindo execuções furtivas. Escalando pontos mais altos do mapa, é possível utilizar a visão de águia para revelar parte do mapa.

Assassin’s Creed IV: Black Flag está totalmente dublado em português. A dublagem é boa, mas o jogo sobre com alguns problemas de sincronia labial. Já a trilha sonora do jogo é um espetáculo à parte, apresentando ótimas músicas.

Lançado em 2013, Black Flag está disponível para Xbox 360, PlayStation 3, Nintendo Wii U Windows, PlayStation 4 e Xbox One. Esta análise foi feita com base na versão do Xbox 360.

Considerações finais
Edward Kenway é um pirata que acaba conhecendo assassinos e templários por acaso. Em razão disso, boa parte do jogo tem mais foco nas aventuras do protagonista como pirata, deixando o clã dos assassinos em segundo plano (o que é justificável pelas intenções do personagem). É uma proposta diferente, que dá novos ares para uma saga que está começando a sofrer desgastes graças aos seus lançamentos anuais.

Assassin’s Creed IV: Black Flag apresenta uma história repleta de segredos, visual bonito, excelente trilha sonora e boa jogabilidade. Edward pode até não ser um personagem muito carismático, mas sua história de vida faz com que o jogador crie um vínculo com ele. Apesar de algumas missões possuírem objetivos um pouco repetitivos, Black Flag certamente lhe renderá algumas boas horas de diversão.

Nota
★★★★☆ – 4 – Ótimo

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Criador e editor do Portal E7, Herbert é advogado, amante de games e séries. Gamertag/ID: "HerbertVFV".
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