Os dois lados da moeda: a saída temporária da Nintendo do Brasil
A Nintendo, uma das maiores fabricantes de consoles do mundo, deu hoje uma triste notícia para os jogadores do Brasil: a empresa está temporariamente deixando o mercado brasileiro. Isso significa que agora os seus jogos e consoles não serão mais distribuídos de forma oficial no país.
Esta atitude põe fim a uma parceria que durou quatro anos com a empresa Gaming do Brasil, que era a responsável oficial pela distribuição dos games e consoles da fabricante japonesa. O representante Nintendo na América Latina alegou que a alta carga tributária do país foi o principal motivo dessa ação que pegou todos de surpresa nesta sexta (9). Isso não significa que eles desistiram do mercado brasileiro, porém não sabe quando a Nintendo voltará a atuar de forma oficial no mercado brasileiro; o representante da divisão latina garante que eles vão continuar acompanhando a evolução do nosso mercado.
Vejamos agora os dois lados da moeda quando se fala na relação da Nintendo com o Brasil:
Lado A
Convenhamos que a Nintendo teve sua parcela de culpa. Enquanto Microsoft e Sony estão trazendo os seus jogos traduzidos para o português (grande parte inclusive dublados) já há algum tempo, a Nintendo não se preocupou com o país e continuou comercializando todos os seus títulos sem nenhum suporte para o nosso idioma oficial. A única vez em que se viu alguns jogos da Nintendo chegarem em português foi durante a parceria feita com a Gradiente na década de 90. Isso, de certa forma, mostra um descaso da empresa com o quarto maior mercados de games do mundo. Vale lembrar que o Wii U , lançado em 2012, até hoje não possui uma loja virtual no Brasil.
Lado B
Vocês podem alegar que a Nintendo não se importa mesmo com o Brasil, já que ela nem mesmo produz seus consoles aqui, ao contrário da Microsoft que fabrica o Xbox 360 e o Xbox One, e da Sony que fabrica o PS3. De fato a fabricação ou até mesmo a montagem dos aparelhos no Brasil reduz um pouco o valor dos impostos cobrados sobre esses produtos quando se compara com o preço das importações, mas vale lembrar que tanto a Sony como o Microsoft possuem outras várias divisões, o que torna mais vantajoso ter uma fábrica no nosso território. A Nintendo é uma empresa que vive exclusivamente de games e abrir uma fabrica no Brasil geraria um grande custo. A ação poderia sim dar certo, da mesma forma que também poderia dar errado e gerar um grande prejuízo para a empresa.
Todos nós esperamos que a empresa logo logo volte a atuar de forma oficial no Brasil e que dê mais atenção para o nosso país, lançando os seus jogos com suporte ao português.