Análise da série Suits (5ª temporada)
Atenção! O texto a seguir contém spoilers da quarta temporada de Suits.
O final da quarta temporada criou muitos ganchos interessantes para o quinto ano de Suits. Mesmo Harvey (Gabriel Macht) tendo declarado o seu amor por Donna (Sarah Rafferty), ela decidiu romper o relacionamento profissional que eles tinham e foi trabalhar junto com o Louis (Rick Hoffman). Olhando para trás, Harvey e Donna já enfrentaram muitos problemas juntos, mas ao mesmo tempo que estavam próximos em certos aspectos, também estavam muito distantes em outros, o que mostra o quão complexa é a relação existente entre eles. Louis fica feliz em poder ter Donna ao seu lado, mas ele sabe que isso provavelmente vai durar pouco tempo.
Até agora a série havia mostrado um Harvey forte, que tinha apenas dificuldade em levar adiante relacionamentos amorosos. A quinta temporada altera esse panorama e apresenta um lado mais frágil do advogado, que após perder sua secretária, passa a ter constantes ataques de pânico e se vê obrigado a buscar ajuda de uma terapeuta. Boa parte dos primeiros episódios são focados nas consultas de Harvey com a Dra. Paula Agard (Christina Cole), oportunidade em que o passado do personagem é novamente explorado, desta vez tendo um foco maior na ligação que ele tem com sua mãe.
Para auxiliá-lo na firma, Harvey contrata uma secretária jurídica com mais de 20 anos de experiência. Apesar de gostarmos bastante de Donna, Gretchen (Aloma Wright) também é uma pessoa muito competente no que faz e consegue, aos poucos, ganhar a simpatia do protagonista e a nossa. Outro contratempo com o qual o advogado precisará lidar é a mudança que Jack Soloff (John Pyper-Ferguson), diretor do comitê de compensação da Pearson Specter Litt, quer implementar no escritório. A proposta é que os salários devem concentrar-se mais em horas faturadas do que em comissões contingentes, o que afetaria bruscamente os rendimentos de Harvey. Louis acaba se envolvendo na questão e, como de costume, toma algumas decisões questionáveis.
Enquanto isso, Mike (Patrick J. Adams) e Rachel (Meghan Markle) começam a planejar a sua cerimônia de casamento. O que eles não esperavam é a grande interferência dos pais de Rachel nos preparativos, indo desde questões contratuais envolvendo o patrimônio até detalhes de como será a festa que celebrará a união do casal. Juntos, eles precisarão contornar situações para evitar que o segredo de Mike seja descoberto, além de não criar nenhum tipo de mal estar familiar.
Mike começa a ter uma relação mais próxima com o seu futuro sogro quando Jimmy (Pooch Hall) o presenteia com um caso. Como Jessica (Gina Torres) não quer que ele assuma o processo, devido ao baixo retorno financeiro que a demanda traria para a firma, Mike decide procurar Robert Zane (Wendell Pierce) para ajudá-lo. Passamos então a acompanhar o trabalho conjunto dos dois, que é marcado por algumas discussões, já que eles possuem visões diferentes de como conseguir uma vitória.
Outro fato que também merece destaque é a presença da irmã de Louis na história. Esther (Amy Acker) é uma grande empresária que está passando por um processo de divórcio complicado, razão pela qual Louis convenceu Harvey a advogar para ela. No acordo verbal feito pelos dois personagens, uma das cláusulas proibia Louis de fazer qualquer tipo de interferência no caso, o que gera alguns momentos engraçados, uma vez que ele fica curioso em saber como as coisas estão indo. O mais legal dessa subtrama é que Harvey pratica um gesto que mostra o quanto ele valoriza e confia no trabalho de seu sócio.
A segunda metade da temporada é quase inteiramente focada em Mike. Aquilo que todos temiam aconteceu: Mike passa a ser acusado de fraude, colocando em risco não apenas o seu futuro, como o de toda a firma. Do lado da acusação está a procuradora federal Anita Gibbs (Leslie Hope), que não facilita em nada a defesa do falso advogado e gera muitos problemas para a Pearson Specter Litt. Essa foi uma das minhas partes favoritas da série até agora, a forma com que a narrativa vai ficando cada vez mais complexa torna a reta final extremamente empolgante.
Considerações finais
Comparado com as temporadas anteriores, o quinto ano de Suits entrega episódios com uma qualidade acima da média. A série atinge o seu ápice, apresentando um enredo repleto de tensões e reviravoltas, com acontecimentos que interferem diretamente na vida dos principais personagens da atração. É uma temporada que foca nos problemas internos da Pearson Specter Litt e de seus funcionários, tendo a grande maioria dos casos ligações diretas com as pessoas que trabalham no escritório.
As aparições de Harold (Max Topplin), Jimmy (Pooch Hall), Katrina (Amanda Schull), Jonathan Sidwell (Brandon Firla), Charles Forstman (Eric Roberts), Travis Tanner (Eric Close), Daniel Hardman (David Costabile), Trevor Evans (Tom Lipinski), Sheila Sazs (Rachael Harris) e Scott (Abigail Spencer) ainda que de forma discreta, são todas bem elaboradas. É sempre legal poder ver personagens de temporadas anteriores novamente em ação, algo que já foi feito pelos roteiristas nos anos anteriores, mas que desta vez tem um capricho maior. Se os quatro primeiros anos de Suits já eram bons, o quinto é excepcional e certamente será rapidamente “consumido” por você.
Nota
★★★★★ – 5 – Excelente
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