Análise da série Suits (6ª temporada)

Atenção! O texto a seguir contém spoilers da quinta temporada de Suits.

Com Mike (Patrick J. Adams) preso e a Pearson Specter Litt vazia depois de todos os funcionários terem abandonado a firma, tudo indicava que uma enxurrada de problemas estava por vir na sexta temporada de Suits. Como um dos maiores escritórios de advocacia de Nova York vai sobreviver sem empregados e com a sua reputação manchada no meio jurídico por ter contratado uma fraude? Resolver todas essas adversidades definitivamente não será uma tarefa simples.

Dando início a um processo de reconstrução, Harvey (Gabriel Macht), Louis (Rick Hoffman) e Jessica (Gina Torres) unem suas forças e dinheiro para reerguer a firma e garantir que ao menos os clientes que eles possuem permaneçam no escritório. Além dos sócios nominais, o trabalho desempenhado por Donna (Sarah Rafferty), Gretchen (Aloma Wright) e Rachel (Meghan Markle) se mostra fundamental para manter a Pearson Specter Litt de pé. Objetivando causar uma boa impressão aos visitantes e transmitir a ideia de que tudo permanecia bem, parte do espaço que agora estava vazio é alugado para um grupo de investimentos. Durante a temporada, os novos ocupantes ganham alguns espaços na trama e se mostram ser mais do que meros inquilinos.

Ao chegar no presídio e passar pelos procedimentos de praxe, a ingenuidade de Mike faz com que ele conte toda a sua história para Frank Gallo (Paul Schulze), o primeiro detento com quem ele teve efetivo contato. O que o falso advogado não esperava é que Harvey foi o responsável pela prisão de Gallo, há 13 anos. Lendo no jornal uma notícia sobre o caso de Mike, Frank imediatamente percebe que atacá-lo seria uma boa forma de se vingar de Harvey. Como possui amizade com parcela considerável dos guardas corruptos do presídio, Gallo dispõe de meios suficientes para poder colocar em prática as suas ideias.

Quando descobre o perigo que Mike estava correndo, Harvey decide procurar Sean Cahill (Neal McDonough), promotor federal que no passado chegou a investigar a Pearson Specter Litt, para pedir a transferência de Gallo para outra penitenciária. Analisando a situação e percebendo que não conseguiria atender o pedido do advogado, Cahill encontra uma forma de tirar Mike mais cedo da prisão, mas em troca ele teria que obter informações do seu colega de cela, Kevin Miller (Erik Palladino). Como criou amizade com Kevin, esse tipo de proposta não agrada Mike, razão pela qual ele tenta encontrar outros meios para conseguir ser solto, gerando desdobramentos interessantes.

Aceitando o convite de seu professor, Rachel começa a participar do Innocence Project e se envolve com a história de uma pessoa que se diz inocente e está no corredor da morte. Recebendo a notícia de que não poderia seguir adiante com o caso na faculdade, ela decide pedir ajuda para Jessica. Além de ter a oportunidade de fazer justiça, o processo pro bono era uma boa chance de melhorar a imagem da empresa, algo fundamental no momento. Analisando todos esses fatores, Jessica aceita trabalhar no caso e, junto Rachel, inicia uma corrida contra o tempo para tentar reverter a situação.

No decorrer da temporada, também acompanhamos Louis se aventurando em um relacionamento amoroso “moderno” e a tentativa de Mike de reconstruir a sua vida profissional. O lado mais descontraído fica por conta de Benjamin (David Reale), que está desenvolvendo uma assistente pessoal em parceria com Donna. As questões familiares de Harvey são novamente abordadas e os roteiristas, desta vez, acabaram com as pontas soltas que existiam nesta parte do enredo. Por fim, nos episódios dez e dezesseis, Jessica toma decisões importantes que afetam o escritório e o futuro de um dos personagens principais da série.

Considerações finais
Depois da incrível quinta temporada, as minhas expectativas para o sexto ano de Suits eram altas. Apesar de não conseguir manter o mesmo nível, temos uma sequência de ótimos capítulos, com vários fatos intensos e marcantes. A passagem de Mike pela prisão gera alguns momentos tensos, fazendo com que ele e Harvey tentem encontrar soluções o mais rápido possível. O processo de reconstrução da firma é bem desenvolvido, mas é estranho ver Harvey várias vezes abrir mão dos problemas da sua própria empresa para acudir Mike.

Estando agora na faculdade de Direito, Rachel foi uma personagem que se destacou bastante, principalmente por auxiliar Jessica na defesa de um homem injustamente condenado à pena de morte. Acompanhar o novo relacionamento de Louis é legal e divertido, principalmente pelas suas ações e reações sobre determinados assuntos. O arco envolvendo a assistente pessoal de Benjamin e Donna é até bem bolado, mas acredito que ele ganhou um espaço maior do que o necessário.

Nota
★★★★☆ – 4 – Ótimo

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Criador e editor do Portal E7, Herbert é advogado, amante de games e séries. Gamertag/ID: "HerbertVFV".
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