Análise do jogo The Witcher 3: Wild Hunt
The Witcher 3: Wild Hunt inicia com uma empolgante cena em que bruxo Geralt de Rívia, junto com Vesemir, tenta desvendar o que aconteceu com feiticeira Yennefer durante uma batalha. Na sequência, vemos Geralt ter um pesadelo onde a Caçada Selvagem ataca Ciri quando ela ainda era uma criança.
Depois de executar alguns trabalhos, Geralt finalmente consegue se encontrar Yennefer. Juntos, eles vão até Vizíma, onde o bruxo conversa com o imperador Emhyr. Ciri, filha biológica do imperador, voltou e está sofrendo perseguições da Caçada Selvagem. Quando ainda era muito jovem, Geralt treinou Ciri na escola do lobo em Kaer Morhen. O bruxo então começa uma longa jornada para tentar descobrir o paradeiro de Ciri e protegê-la, antes que a Caçada Selvagem faça algum mal contra ela. Está é uma boa introdução para ser ter ideia sobra a narrativa do game, que, sem sombra de dúvidas, é um dos pontos que mais merece elogios. A história vai se desenvolvendo aos poucos até entregar para o jogador todas as explicações necessárias.
O mapa de The Witcher 3: Wild Hunt é dividido em regiões. O jogador tem ampla liberdade para explorar as áreas, que possuem uma quantidade enorme de coisas para se fazer: destruir ninhos de monstros, atacar acampamento de bandidos, libertar reféns são apenas algumas das diversas atividades existentes dentro do mundo mágico do game. Geralt também pode jogar Gwent, um divertido jogo de cartas com personagens do universo de The Witcher. Para melhorar as chances de vitórias no Gwent, o jogador pode comprar cartas de comerciantes e desafiar oponentes para conseguir novas cartas.
Pontos de exclamação indicam a localização de missões secundárias. Sempre que chegar em uma cidade ou vilarejo, dê uma olhada no quadro de avisos, onde se encontram muitas das secundárias. Durante a jogatina, o jogador é obrigado a tomar decisões que mudam completamente o rumo da história, que possui múltiplos finais. Importante ressaltar que o jogador não consegue ir de uma região para a outra andando pelo mapa, é necessário que se faça uma viagem rápida. Como os mapas costumam ser bem grandes, o jogo possui mais de 100 pontos de viagem rápida para serem descobertos.
Logo quando eu comecei a jogar, fiz um pequeno ajuste na sensibilidade dos analógicos, já que achei que a câmera estava girando rápido demais. A jogabilidade do game não é muito complexa: Geralt pode realizar ataques rápidos, ataques fortes, esquivar e defender. O bruxo possui cinco sinais, poderes mágicos que ajudam o jogador durante as batalhas. Também é possível fazer poções e equipar as armas e armaduras de Geralt com itens especiais, melhorando os atributos do personagem. O game também conta com uma vasta árvore de habilidades, que pode ir sendo desbloqueada conforme o jogador sobre de nível ao ganhar postos de experiência.
Geralt traz consigo duas espadas, uma de prata, para matar monstros, e uma de aço, para ser utilizada contra oponentes humanos. Logo quando um inimigo se aproxima, o bruxo automaticamente já costuma pegar a espada correta. As armas e armaduras do protagonista estragam, sendo necessário fazer reparos ou substituí-las. O jogador pode conseguir novos equipamentos comprando-os em lojas ou fazendo encomendas para ferreiros (desde que tenha os materiais necessários), coletando itens no cenário, revistando inimigos mortos e completando missões. Geralt ainda pode utilizar bestas (muito útil contra inimigos voadores e aquáticos), machados e bombas. Encontrando ou comprando diagramas, você aumenta a variedade de armas, bombas, poções e outros itens que podem ser fabricados.
Em termos visuais, The Witcher 3: Wild Hunt apresenta cenários muito bonitos, mesmo que às vezes se veja certos elementos carregarem conforme o jogador se aproxima da área. É impossível não se impressionar com o pôr do sol no game. Os personagens secundários não apresentam uma grande variedade de aparências, sendo eles muito parecidos uns com os outros – as crianças, por exemplo, parecem ser sempre as mesmas. Apesar da repetição, percebe-se o belo trabalho feito com as texturas de pele. Já quanto aos personagens ligados à história principal, cada um tem aparência única. No tocante à trilha sonora, o jogo é um espetáculo à parte, apresentando excelentes músicas. A dublagem em português é boa, mas frequentemente percebemos uma variação de volume durante as falas. A forma de pronúncia do nome de alguns personagens também apresentam variações. É muito bom ver um jogo com uma enorme quantidade de documentos em texto estar totalmente localizado em português.
Como se trata de um jogo com áreas muito grandes, é comum que existam bugs. Por sorte, são poucos os que realmente chegam atrapalhar. Durante minhas jogatinas, tive que recarregar duas vezes um ponto de checagem porque o jogo simplesmente bugou no meio de uma missão. Os tempos de carregamento, principalmente quando se está indo de uma região para a outra, não costumam ser muito rápidos. Aproveitando disso, o jogo faz pequenos resumos sobre os últimos acontecimentos da campanha principal.
Desenvolvido pela polonesa CD Projekt RED e lançado em 2015, The Witcher 3: Wild Hunt está disponível para Xbox One, PlayStation 4 e Windows. Esta análise foi feita com base na versão para Xbox One.
Considerações finais
Com uma história incrível e mundo que oferece uma enorme quantidade de atividades, The Witcher 3: Wild Hunt é certamente um dos melhores RPGs de ação disponíveis no mercado. Apesar de fazer parte de uma trilogia, a narrativa de Wild Hunt é facilmente compreendida por jogadores novatos na franquia (assim como eu). Caso reste alguma dúvida sobre a história de um personagem específico, o jogo conta com um rico glossário que é constantemente atualizado conforme se avança. No glossário, além de poder conhecer cada um dos personagens do game, o jogador também pode ver detalhes sobre inimigos, como melhores sinais e poções a serem utilizados em eventuais confrontos.
O jogo é bem grande e obriga o jogador a completar objetivos secundários para subir o nível do personagem. Iniciar missões com o nível abaixo do recomendado aumenta muito a dificuldade do game, podendo até mesmo ser impossível completá-las. Mesmo que existam alguns problemas, estes não são capazes de diminuir a grandiosidade do jogo desenvolvido pela CD Projekt RED. Recomendadíssimo!
Nota
★★★★★ – 5 – Excelente
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