Análise da série Bates Motel (2ª temporada)

Atenção! O texto a seguir contém spoilers da primeira temporada de Bates Motel.

A morte de Blaire Watson (Keegan Connor Tracy) mexeu muito com Norman (Freddie Highmore). Ao comparecer no funeral de sua professora, junto com a mãe e o irmão, o jovem não conseguiu controlar suas emoções. Logo na sequência, Norman aparece segurando o colar de pérolas da senhorita Watson, embora não se lembre do que aconteceu na noite passada. Ele também é incapaz de compreender como alguém poderia ter feito aquilo com a educadora. O prólogo da segunda temporada também mostra Bradley (Nicola Peltz) tentando se suicidar, pulando de uma ponte, após ter descoberto que o seu pai estava tendo um caso com Blaire. Vale lembrar que após a morte do pai, Bradley havia encontrado algumas cartas de amor que ele estava trocando com uma mulher que se identificava apenas como “B”.

Quatro meses depois desses eventos, agora no verão, o Motel Bates finalmente parece estar prosperando. O futuro, no entanto, pode não ser muito promissor, já que o novo desvio da cidade começará a ser construído na semana seguinte. Tomando conhecimento que o conselho da cidade fará uma reunião sobre o tema, Norma (Vera Farmiga) decide se inscrever para falar contra a construção da nova estrada principal de White Pine Bay. A ideia parecia até boa, mas quando Norma é confrontada pelo vereador Lee Berman (Robert Moloney), ela perde o controle e acaba falando sobre as atividades ilegais que existem na cidade.

Após deixar o hospital psiquiátrico, Bradley está disposta a descobrir quem matou o seu pai. Com a ajuda de Dylan (Max Thieriot), ela consegue obter detalhes sobre o crime e sozinha vai até a casa de Gil (Vincent Gale) e o mata. Desesperada com o que havia feito, a jovem invade a casa dos Bates e pede ajuda para Norman, que a esconde no porão até eles pensarem em um plano. A morte de Gil cria um alvoroço na cidade, já que Zane Morgan (Michael Eklund), o chefe de Dylan, acredita que a outra família de drogas, liderada por Nick Ford (Michael O’Neill), está envolvida com o ocorrido, o que gera uma guerra de drogas em White Pine Bay. Em meio a essas questões, a casa do xerife Romero (Nestor Carbonell) é incendiada e ele precisa passar um tempo morando em um dos quartos do Motel Bates. Com o contato diário, a relação de Romero com Norma vai aos poucos melhorando.

Ao ver uma propaganda para a seleção do elenco de uma peça de teatro na cidade, Norma sugere a Norman que eles deveriam participar das audições. Apesar de ter desempenhado uma grande performance, Norma não consegue a vaga, mas o filho entra para o coro musical. Nesse processo, Norma se torna amiga de Christine (Rebecca Creskoff), a ex-diretora da peça, e até comparece a uma festa na casa dela. Quando estava indo embora, a proprietária do Motel Bates conhece Nick Ford, que também é contra a construção do desvio. Sem saber que Ford é o chefe da outra família de drogas, rival daquela para quem Dylan trabalha, Norma aceita a ajuda que lhe é oferecida e rapidamente a construção da estrada é paralisada. O problema é que Ford exigirá, no futuro, que Norma lhe retribua os “favores” que ele fez por ela.
Para piorar ainda mais as coisas, Norma é forçada a reviver experiências trágicas do seu passado quando o seu irmão, Caleb (Kenny Johnson), aparece na cidade a procurando. Tendo sempre contado para os filhos que era filha única, Norma agora será obrigada a revelar um segredo do seu passado. Apesar da péssima recepção por parte da irmã, Caleb tenta se aproximar de Dylan. Como Norma quase nunca se abre com o seu filho mais velho, Dylan vê em Caleb uma oportunidade para finalmente ter várias de suas questões respondidas.
Uma outra personagem que tem grande importância na segunda temporada é a jovem Cody (Paloma Kwiatkowski). Cody conhece Norman em um mercado, quando ele estava fazendo compras para preparar um disfarce para Bradley. Quando Norman vai ao teatro para dizer que não quer mais participar da peça, ele reencontra Cody, que o encoraja a trabalhar nos bastidores. Os dois se aproximam e Norman começa a tomar conhecimento da complicada vida da amiga, mas como ela é uma jovem rebelde, Norma não quer que o filho conviva com ela.

Considerações finais
Em sua segunda temporada, Bates Motel apresenta uma história mais complexa e repleta de subtramas. Os conflitos entre as duas famílias que controlam as plantações de maconha da cidade ganham grande espaço e, em certo momento, colocam Norma, Norman e Dylan em uma situação delicada. A inserção de novos personagens faz com que os protagonistas apareçam menos, mas nem por isso mãe e filho deixam de entregar cenas memoráveis. Norman lida com seus apagões, ao mesmo tempo que não consegue ter noção do que realmente aconteceu. A única pessoa que é capaz de acalmá-lo e guiá-lo nos momentos mais delicados é sua mãe, que sempre aparece no seu subconsciente para lhe auxiliar.

Vera Farmiga e Freddie Highmore estão mais uma vez incríveis em seus papeis. Max Thieriot e Nestor Carbonell também merecem elogios. Direção e fotografia mantém o padrão visto no primeiro ano da atração. As músicas, que antes costumavam aparecer no fundo de algumas cenas, são menos presentes e dão lugar a sons instrumentais nos momentos de maior suspense. Somando todos esses fatores, a série desenvolvida por Carlton Cuse, Kerry Ehrin e Anthony Cipriano entrega mais uma vez uma ótima temporada.

Nota
★★★★☆ – 4 – Ótimo

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Criador e editor do Portal E7, Herbert é advogado, amante de games e séries. Gamertag/ID: "HerbertVFV".
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