Análise da série Suits (9ª temporada)
Atenção! O texto a seguir contém spoilers da oitava temporada de Suits.
Depois que Robert Zane (Wendell Pierce) perdeu sua licença ao assumir a culpa pela quebra de privilégio no caso envolvendo Harvey (Gabriel Macht) e Donna (Sarah Rafferty), os membros da Zane Specter Litt Wheeler Williams precisam lidar com a saída de Robert do escritório de advocacia. Harvey e Samantha (Katherine Heigl) começam uma batalha para impedir que os clientes de Robert abandonem a firma, mas as ofertas feitas por Eric Kaldor (Jeffrey Nordling) acabam sendo um grande problema para eles.
Mesmo fora da empresa, a permanência do nome de Zane na parede não repercute bem no meio jurídico. Como sócio sênior, Louis (Rick Hoffman) tem que lidar com essa situação, que está até mesmo afastando o interesse dos estudantes de Direito pelo escritório. No meio dessa turbulência, Alex (Dulé Hill) é procurado informalmente por um membro da Ordem dos Advogados de Nova York, que lhe sugere que a entidade tem o poder de substituir Louis por Alex caso o nome de Robert permaneça no escritório. Depois de uma breve pesquisa, eles chegam à conclusão que a Ordem não poderia tomar tal atitude.
A forma mais fácil de resolver o problema seria retirar o nome de Zane do escritório, mas Harvey, Donna e Samantha são totalmente contrários a tal ação. Isso desencadeia uma interferência direta da Ordem dos Advogados no escritório: no final do primeiro episódio, quando estava deixando o serviço, Louis é surpreendido por Faye Richardson (Denise Crosby). Ela entrega ao advogado uma ordem judicial que lhe dá todo controle da firma, sob a provisão especial da Ordem dos Advogados. Caso Louis se recusasse a assinar o documento, a entidade suspenderia a licença de todos os sócios do escritório pelo prazo de seis meses.
A presença de Faye muda toda a dinâmica de trabalho dos sócios nominais e de Donna, COO da firma. Faye assume o controle total do escritório, o que inclui a aprovação de novos casos, e sua missão é restabelecer a credibilidade da empresa. Ela também passa a interferir diretamente nas escolhas feitas pelos sócios e alerta que qualquer um que passar dos limites terá de arcar com as consequências. A primeira vítima de Faye é Samantha, que fica impedida de usar os recursos da empresa em um caso pro bono. Quando a representante da Ordem pega Louis em um dos seus momentos de descontrole com Benjamin (David Reale), ela retira do advogado o cargo de sócio-gerente, que também passa a ser exercido por ela. Com todo esse turbilhão de acontecimentos, Harvey e Donna desenvolvem o seu relacionamento amoroso.
Pensando que estava no fundo do poço após ser rebaixado, Louis recebe uma proposta para se tornar juiz, o que faz com que ele reflita bastante sobre tudo o que está acontecendo. O lado mais pessoal de Samantha também é abordado, mostrando os problemas familiares da personagem ao longo de sua vida. No fim das contas, Suits é sobre família: todos os que fazem parte do escritório acabam criando um vínculo muito grande uns com os outros. Agora que tudo está sendo ameaçado pela representante da Ordem dos Advogados (que mais parece estar lá para destruir a firma do que recuperá-la), é preciso união para evitar que o pior aconteça. Como Faye é uma mulher esperta, não será fácil se livrar dela.
O lado mais cômico da temporada fica com Louis. O personagem de Rick Hoffman consegue arrancar boas risadas do telespectador em seus momentos mais descontraídos. No sétimo episódio, temos uma das cenas mais engraçadas de Louis ao longo de toda a sua história na série. Não vou tecer maiores comentários, só digo que envolve Harvey. Falando no protagonista, é incrível ver o nível que a amizade entre ele e Louis atingiu.
A nona temporada também é marcada pelo retorno de vários personagens que participaram da série nos anos anteriores. O grande destaque, sem dúvidas, é Mike Ross (Patrick J. Adams), que fez parte do elenco regular por sete temporadas. Além dele, Thomas Kessler (Sasha Roiz), professor Gerard (Stephen Macht), Harold (Max Topplin), Sean Cahill (Neal McDonough) e algumas pedras no sapato, como Andrew Malik (Usman Ally) e Charles Forstman (Eric Roberts), também fazem participações ao longo dos dez episódios.
Considerações finais
Sempre que uma série vai chegar ao fim, diversos são os sentimentos que surgem entre os seus espectadores. O consenso, no entanto, sempre é o mesmo: a expectativa para que haja um bom desfecho, afinal, não são raros os casos de séries que apresentam finais decepcionantes. Depois de sofrer com o desgaste de sua fórmula em suas duas últimas temporadas, Suits conseguiu reencontrar seu caminho no seu ano de despedida e entregou aquilo que o público esperava.
A escolha de fazer uma temporada menor do que o convencional foi uma decisão acertada, garantindo um maior dinamismo para o drama jurídico. Tendo como ponto central o desafio enfrentado pelos sócios com a presença de Faye no escritório, Aaron Korsh, criador da série, também separou espaço para que uma abordagem mais pessoal dos principais personagens fosse feita. Com o destino de cada um sendo resolvido, no seu encerramento Suits praticamente presta um tributo a todos que acompanharam a atração ao longo de seus nove anos.
Nota
★★★★☆ – 4 – Ótimo
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