Análise do filme Solo: Uma História Star Wars

Solo: Uma História Star Wars é um filme derivado de Guerra nas Estrelas que diferente de qualquer outra produção da franquia, funciona como uma aventura isolada de um personagem da saga. Han Solo (Alden Ehrenreich) é o protagonista dessa história, que se passa entre os Episódios III e IV e mostra a vida do personagem originalmente interpretado por Harrison Ford antes de conhecer Luke e Obi-Wan em Uma Nova Esperança

No enredo, temos um Han bem mais jovem e inexperiente, que embarca em uma jornada perigosa junto a um grupo de criminosos com a intenção de voltar ao seu planeta natal e reencontrar sua antiga namorada Qi’ra (Emilia Clarke). Durante essa aventura, vemos a origem dos laços de Solo com alguns dos mais marcantes personagens da franquia.
O enredo é bem simples e basicamente centra-se na jornada de Han. A história só se torna minimamente interessante graças ao fanservice, que inicialmente é colocado de maneira inteligente para prender o espectador, mas depois acaba se tornando extremamente desnecessário, prejudicando o ritmo da narrativa e impedindo que algo realmente novo seja contado. 
O longa tenta desesperadamente trazer a essência aventuresca de Star Wars, mas por se passar antes do Episódio IV, quando Han Solo realmente passa a ter uma vida épica cheia de aventuras, a produção estava condenada desde o princípio a ter um escopo muito pequeno. Do que adianta apresentar novos personagens aqui sendo que nós já sabemos que nenhum deles será relevante para a vida do personagem posteriormente? 
De forma bem direta, essa aventura é completamente desnecessária para a franquia. Apesar de ser legal ver Han conhecendo alguns dos seus velhos amigos, isso definitivamente não sustenta um longa-metragem com mais de duas horas de duração. A produção até tenta ganhar força explicando alguns dos mistérios que sempre rodearam o personagem, mas além de muito desnecessário, esses fanservices são jogados na história de uma maneira completamente forçada. 
Não faz sentido haver um filme mostrando a origem de Han Solo, afinal, uma das coisas mais legais do personagem era justamente o fato de sabermos pouco sobre seu passado e a veracidade das histórias que ele gostava de contar. E o pior é que dentro da cronologia de Star Wars existe um período muito mais adequado para se contar uma aventura isolada de Han Solo – que é entre os Episódios VI e VII, onde há uma lacuna de tempo gigantesca que pouco foi explorada. 
É fato que esse longa é visualmente bonito, tem uma excelente trilha sonora e bons efeitos, mesclando o prático com o computadorizado. Porém, a produção simplesmente não tem alma. O filme até consegue ser divertido e fluir bem, apresentando algumas cenas divertidas e mostrando um lado mais sujo da galáxia, mas nenhum desses elementos consegue salvar essa produção do fracasso. 
Considerações finais: 
Esse spin-off de Star Wars é facilmente uma das coisas mais desalmadas de toda a franquia. Temos aqui apenas uma tentativa desesperada de faturar mais algum dinheiro com o famoso personagem Han Solo, o que deu completamente errado e ainda acabou com parte da aura misteriosa que Han sempre teve nos filmes.  
Solo: Uma História Star Wars é aquele velho tipo de filme da Sessão da Tarde: uma aventura para toda família que traz alguns momentos divertidos, mas no geral, é completamente esquecível e agrega muito pouco à lore da franquia. A produção é totalmente dispensável e desperdiça um dos grandes heróis da saga em uma jornada sem identidade e que tenta se sustentar através de um fanservice completamente forçado.  
Nota 
★★☆☆☆ – 2 – Regular
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